A Fila de 2009: FILO – Dia 02

domingo, 7 de junho de 2009

FILO – Dia 02

O Festival segue surpreendendo. No sábado fui assistir ao primeiro espetáculo no Teatro Zaqueu. Para quem não lembra o Zaqueu de Melo é o teatro que fica em cima da Biblioteca Municipal e nas últimas edições do Festival (principalmente na última) sempre dava problema na primeira apresentação da maioria dos espetáculos.

Este ano, chegamos à fila do Zaqueu com menos de uma hora para começar o espetáculo. Curiosamente tinham poucas pessoas. E as outras que chegaram, foram juntando-se harmoniosamente. Quando o relógio apresentou 5 minutos de atraso, rolou certo comentário na fila: “Ah! É o FILO, é no Zaqueu, vai atrasar meia hora”. E assim não aconteceu.

O único desafio daquele local são os pombos. Problema municipal e que muitas vezes afasta o público do Teatro Zaqueu de Melo. (mesmo em tempos de FILO). O assunto pombos ainda será tema de post.

Na entrada e a peça tudo transcorreu bem. Quase. Somente o fato de um certo senhor deixar tocar o bip do celular por duas vezes e incomodar os seus arredores. Mostra que ainda na fila tem aqueles que precisam ser re-educados.

O espetáculo Eldorado parece ter impressionado o público. A interpretação do ator Eduardo Okamoto deixou todos com certo brilho nos olhos. Precisão nos movimentos, voz e instrumento afinadíssimos, que poderão ser vistos em uma demonstração de trabalho que acontecerá na Divisão de Artes Cênicas da Casa de Cultura (Av. Duque de Caxias, 3391) às 14h30 deste domingo.

Dali corri para a Usina Cultural. No caminho passei no novíssimo Teatro FILO, onde a entrada para o espetáculo foi tão tranqüila que chegou a acontecer meia hora antes do horário marcado. Claro, quem estava na Fila com antecedência foi brindado com altas doses de Cappuccino.

Na Usina, sem Cappuccino, o público chegou timidamente para assistir ao espetáculo “A Quem Interessar possa...” do grupo de pesquisa do Projeto Indícios do Corpo Pós-Moderno sob coordenação do Professor Doutor Aguinaldo de Souza.

O que se viu no barracão da Usina Cultural foi uma rica demonstração de crescimento e amadurecimento de um trabalho de pesquisa. A postura dos cinco atores-pesquisadores mostra que trabalhos de vanguarda e com uma pesquisa em constante evolução devem sim, ter espaço dentro de Festivais como o FILO.

Destaque também para a iluminação feita por Paula Santos. Em momentos do espetáculo nota-se que a luz dança com as articulações propostas pelo grupo e faz imaginar que a iluminadora esteja tão suada quanto quem está em cena.

Novos trabalhos do grupo virão. E junto virá a certeza: é teatro em estudo, terão quedas, corpos, desmoronamentos, saltos, rolamentos, pois a pesquisa é para quem possa interessar.

Se você quiser deixar seu comentário, sua crítica à algum espetáculo ou à organização entre em contato por e-mail (mundo.rhb@hotmail.com) ou aqui no blog mesmo.

Até breve!

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